World Psychedelic Classics 4: Nobody Can Live Forever - The Existential Soul Of Tim Maia
Tim Maia
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Em tempo de celebrações os festejos alargam-se a mais qualquer coisinha. Este ano a comemoração dos 70 anos (se ainda fosse vivo) de Tim Maia foi assinalada com a edição de uma retrospectiva compilada por Paul Heck que talvez encaixe melhor no imaginário anglo-saxónico do que numa abordagem mais livre – e total – à discografia de Maia. “Nobody Can Live Forever – The Existential Soul Of Tim Maia” é um óptimo manual (porque o texto que vem a acompanhar esta edição também ajuda) para compreender parte do universo riquíssimo de Tim Maia e a forma como mudou a música brasileira e a sua compreensão através das influências que trouxe dos anos em que viveu nos Estados Unidos. Em Tim Maia coabitam Sly Stone, Hendrix, Miles Davis, George Clinton e também Tim Maia. O seu feitio permitia-lhe isso, desbravar o seu terreno com a sua própria identidade, criando uma aura à sua volta que permitiu várias facetas na carreira e voltar sucessivamente a elas. Quem quer, pode, e quem pode quer sempre mais. E, num disco de celebração, nada melhor do que a música nele inscrita ser também ela celebratória: o funk de Tim Maia era sempre assim, cheio de groove e movimentos que lhe são muito característicos. E ainda há a voz de Tim Maia, um portento, forte, grave, quase territorial, mas de fluência fácil e com uma doçura incomum. O bom gigante. O gigante Tim Maia.