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The Return of Officer John

Officer John

Wah Wah Wino

Regular price €27,00

Tax included.

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Linguagem própria (o que é um Wino?) de uma das editoras mais camaleónicas a sair da Irlanda. Wah Wah Wino, com uma psicadélia regrada sob a alçada de efeitos, processamentos, ideias à margem, desvendaram um dos catálogos editoriais mais interessantes de 2025. Os maxis de dança (destacámos Wino-E com entusiasmo há uns meses atrás) foram dos melhores esforços para clubes que tivemos o prazer de ouvir este ano. Houve também Dub/Reggae exemplar sob o formato doze polegadas. Agora, Officer John é um nome inteiramente novo (ou um alter-ego de Niall Rogers? e Morgan Buckley que conta com um remix neste disco) e traz um tipo de som inaudito à Wino. Ao longo deste ano foram lançados alguns singles no Bandcamp da editora, com um esforço de se alinharem com o modus operandi da pop ("stay", "pass" e "Handle" foram as escolhidas para demonstrarem o disco), mas quem adivinharia um começo como o de "Stay" nesta editora, com guitarras distorcidas a principiarem um rugido rock? Os breakbeats servem de base a praticamente todas as faixas, de cadência mais lenta e com guitarras texturais, carregadas de efeitos e psicadélia, a preencherem o soundscape. O shoegaze irlandês, herdado directamente dos conterrâneos My Bloody Valentine, serve de inspiração às faixas do disco (a editora brinca, dizendo "he's back... for the first time", tom jocoso que se alinha perfeitamente com o espírito editorial habitual). Vozes reverberadas ajudam a preencher o sentimento onírico, cadência habitualmente lenta (o tema "pass" é baleárico por natureza, misturado com acordes que podiam sair de qualquer uma das bandas do contínuo britânico/irlandês), os flangers nos breakbeats a adicionarem profundidade aos temas, por si, já profundos. Música pop sob uma alçada mais experimental, muito própria da Wino. Neste "Return of Officer John" encontramos um disco que rivaliza com esforços deste ano como o incrível "Lifetime" de Erika de Casier, propondo languidez, relaxamento, uma convite à inacção, onírico por natureza, planante, colado às ideias de Slowdive, MBV ou qualquer outra Dream Pop mais à margem. Uma editora em constante mudança e que evita ao máximo uma catalogação formulaica. Bravos, sem medo.