Tides: Music For Meditation and Yoga
Kaitlyn Aurelia Smith
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Quando “Tides” foi gravado, ainda se estava algo longe de conhecer o furacão Kaitlyn Aurelia Smith. Gravado em 2013, editado digitalmente no ano seguinte – foi em 2015 que ficámos rendidos com “Euclid” -, “Tides” nasce com uma componente privada, revelada no título para a sua edição em vinil. Música que Aurelia Smith usava para as suas aulas de ioga. Música meditativa? Talvez. Vale a pensa descontextualizar, ou melhor, desmaterializar a alusão e ilusão do ioga e pensar “Tides” como uma viagem pela música modular – é tudo gravado num Buchla Music Easel – que transporta o ouvinte para as eloquências das explorações new age de algumas compositoras no final da década de 1970 e 1980 e, sobretudo, para o kosmische bucólico. Mais do que encaixar num propósito, “Tides” é um arco de inocência de uma compositora que estava no caminho para dar um abanão na electrónica-pop nos anos seguintes. Não é “over the top” como os álbuns - “EARS” ou “The Kid” -, e, sim, um desenho completo por onde a compositora pintou por cima nos seus álbuns posteriores. Música de base que é muito completa. Calma e distinta para tirar o melhor dos dias. A paz. Música que – realmente – importa.