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Quiet Signs

Jessica Pratt

City Slang

Regular price €20,50

Tax included.

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Por vezes fica-se tanto tempo a pensar na importância de Los Angeles na história da música, o seu passado, que o cansaço de um imaginário bate forte e perde-se a noção daquilo que está à nossa frente. Jessica Pratt é norte-americana, de Los Angeles, “Quiet Signs” o terceiro disco, quatro anos depois daquele que a pôs em alta rodagem, “On Your Own Love Again”. A sua voz reconforta com a ideia de que ainda é possível sonhar acordado. Aliás, “Quiet Signs” bate nessa tecla, do quão importante pode ser o sonhar acordado, de marchar em direcção ao sol. Sol californiano, com outras cores, sem a memória do que guardamos da Califórnia, com o presente impresso e pronto a ser consumido, vivido e ouvido por uma voz que tanto leva o dia e traz a noite, como dá a melhor das luzes à noite. Se há duas décadas começou-se a procurar no passado da folk para justificar movimentos do presente, e isso levou a uma busca insaciável, coroando reis e rainhas, príncipes e princesas, elevando o desconhecido ao conhecido ou – o mal da coisa – tratando tudo por igual; hoje encontra-se os resultados dessa procura, da descoberta, na música de Jessica Pratt. Só que ao contrário da folk que surgiu no início do século, em “Quiet Signs” Pratt dá outra folk, uma que não se enquadra em movimentos, que desdenha o passado e sente-se confortável no presente. Um novo-novo-mundo numa voz de brilho no escuro, calma como a noite, maravilhosa como os sonhos. Entranha-se até ser o maior dos vícios, “Quiet Signs” convence que é o maior dos discos. Que assim seja.