Trance
Chris & Cosey
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“Trance” foi o segundo álbum, com Throbbing Gristle já no Além (do qual haveriam de regressar anos mais tarde). Mais rude do que o antecessor “Heartbeat”, este álbum soa mais integrado na cena industrial da época e menos na continuação cósmica de 70s. Mais próximo, até, de SPK do que TG. Peso ancestral que esta cultura gostava de carregar, com referências a povos extintos, cidades desaparecidas, dissonância alienante (“Lost”), marcha sintética (“The Giant’s Feet”), distorção e nuvens de poluição, quase tudo é anti-natural, distanciado, remoto e, mais importante, necessário. É claro que ainda existiam mundos por descobrir, terra por desbravar, estrelas por catalogar, e é impossível ignorar toda essa sugestão quando partimos, com vontade de ouvir música, para um disco como este. “Trance” é ao mesmo tempo um álbum importante no contexto da cena industrial, porque ajuda a fixar vários dos seus conceitos, e um álbum que aponta várias possibilidades em relação ao que muito rapidamente seriam clichés do género. Enquanto se integra procura ao mesmo tempo a saída.