EP C
Battles
Excellent condition. 2004 release.
Todas as semanas falamos nisto, mas todas as semanas nos espantamos com o poder dos revivalismos ou das reedições. Qualquer desculpa serve para exumarmos os cadáveres de qualquer movimento, género ou artista. Battles não é suposto ser um exercício de recuperação pura, mas nas entrelinhas percebe-se a sua inspiração. Pós-rock, pois então. Decorrida uma década, eis novamente as premissas essencias de um novo estilo que se aproveitou do rock instrumental, do repetitivismo prog e do exercício jam de estúdio para forjar uma nova rampa de lançamento para o epíteto do rock. Caídos mais ou menos em desgraça - ou pelo menos, alvos do maior movimento anti-pós-rock de todos - os Tortoise foram, ainda assim, os mais ambiciosos: «Djed» (de «Millions Now Living Will Never Die», Thrill Jockey 1996) foi o momento mais sublime e futurista e, pois claro, o momento clarividente de como o género estaria à beira da sua fragmentação. A ligação entre a ordem de trabalhos dos Battles e «Djed» é clara, não como cópia, mas sim como plataforma de trabalho. Há o tal prog-rock, mas também o minimalismo quase Brinkmann, o drive rock de puro drums & guitar, a manipulação de estúdio e a destilação dos componentes básicos em meros fragmentos electrónicos Warp. Ian Williams foi um Don Caballero (um dos primeiros filhos da família Slint - sim, o início disto tudo) e isso explica muita coisa, mas a presença de John Stanier (baterista dos Tomahawk) também ajuda a perceber porque é que aqui a bateria é que comanda a batalha.
Todas as semanas falamos nisto, mas todas as semanas nos espantamos com o poder dos revivalismos ou das reedições. Qualquer desculpa serve para exumarmos os cadáveres de qualquer movimento, género ou artista. Battles não é suposto ser um exercício de recuperação pura, mas nas entrelinhas percebe-se a sua inspiração. Pós-rock, pois então. Decorrida uma década, eis novamente as premissas essencias de um novo estilo que se aproveitou do rock instrumental, do repetitivismo prog e do exercício jam de estúdio para forjar uma nova rampa de lançamento para o epíteto do rock. Caídos mais ou menos em desgraça - ou pelo menos, alvos do maior movimento anti-pós-rock de todos - os Tortoise foram, ainda assim, os mais ambiciosos: «Djed» (de «Millions Now Living Will Never Die», Thrill Jockey 1996) foi o momento mais sublime e futurista e, pois claro, o momento clarividente de como o género estaria à beira da sua fragmentação. A ligação entre a ordem de trabalhos dos Battles e «Djed» é clara, não como cópia, mas sim como plataforma de trabalho. Há o tal prog-rock, mas também o minimalismo quase Brinkmann, o drive rock de puro drums & guitar, a manipulação de estúdio e a destilação dos componentes básicos em meros fragmentos electrónicos Warp. Ian Williams foi um Don Caballero (um dos primeiros filhos da família Slint - sim, o início disto tudo) e isso explica muita coisa, mas a presença de John Stanier (baterista dos Tomahawk) também ajuda a perceber porque é que aqui a bateria é que comanda a batalha.