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Voodoo Man

Electronicat

Disko B

Sale price €5,00 Regular price €15,50

Tax included.

Em 98 ou 99 Fred Bigot ainda não tinha assumido a sua personalidade glam. Os primeiros maxis mantinham a tradição techno mas já com suficiente distorção para desalinharem nas pistas de dança normais. A cena shuffle da Kompakt começou a notar-se num mini-álbum para a Onitor (editora também de Colónia), só que Bigot não seria capaz de manter essa face por muito tempo. O rock old-school começou a ser demasiado tentador, e ainda que nas primeiras experiências Electronicat fosse obviamente comparado a Suicide, cedo desviou as atenções para uma sonoridade que já se podia chamar sua. Nunca abandonou, no entanto, a linha de baixo patenteada, hiper-distorcida, audível desde o primeiro maxi até a este «Voodoo Man». Rockabilly, Cramps e o excesso exótico da Weird America são três partes de um todo. Bigot consegue ainda parecer-se com Eno vintage. As colaborações são escolhidas dentro de um universo de músicos que transportaram o rock e o funk para a pop de raiz electrónica: Snax dos Captain Comatose, Miss Le Bomb (Queen Of Japan), Patrick Pulsinger (Sluts & Strings & 909) e até Max Turner/Jack Burner, puppetmasta em part-time e metade dos Meteorites (podemos ouvi-lo também no álbum de DJ/ Rupture). «Voodoo Man» é o menos directo dos álbuns de Electronicat e sem dúvida o menos estereotipado. Bigot leva mais longe a vontade de vestir a personagem que antes apenas se manifestava em palco (de início com cerveja para descontrair). Agora é também mais sexy, demente e ousado em disco. A culpa é das más companhias?