Phylyps Trak
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Em 1993 o mundo assistia a um momento de viragem para a cena da música de dança. Dois alemães encurtaram distâncias entre Berlim, Detroit e Kingston. Nasce Phylyps Trak, alegadamente gravado num take em Waschaus, Potsdam. 140 batidas por minuto, o número de vezes, a cada 60 segundos, que a faixa nos tira o ar. Bomba rítmica detalhada, onde a cada compasso a dinâmica e o andamento da faixa sofrem uma renovação de um qualquer elemento, seja a entrada de percussões, movimentos na panorâmica estéreo, mudanças nos parâmetros dos ecos, acertos nas bandas do equalizador, acentuações nos canais de distorção. Isto é música hi-fi, é música pensada ao pormenor, com um nível de detalhe próprio de um artesão com anos de experiência na sua matéria. Se há faixa que define bem o que é e o que pode ser techno, fora dos limites impostos pela forma, é esta Phylyps Trak. Como dizia James Stinson, há música fast-food, e há música que se equipara a cozinhados caseiros feitos com amor. Phylyps Trak é amor. Música imortal.