You Never End
Moin
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Daqui a alguns anos, quando se olhar para trás e se estudar o que aconteceu no rock, e até no pop rock britânico, da última década, os Moin vão ser um nome incontornável. Tal como vai ser Mica Levi, Dean Blunt, bar italia, os Still House Plant ou os caroline. O que distingue os Moin de todos os outros, é a forma como se têm transformado em cada álbum, com mudanças subtis que vão transformando o que de início parecia um travelling pós-rock noutra coisa qualquer. Não é uma questão identitária - de falta dela, neste caso -, porque o som dos Moin tem identidade, isso é algo logo presente no início deste projecto de Valentina Magaletti, Tom Halstead e Joe Andrews. Mas de como é som à procura de uma experiência, sem medo de ser, com coragem para procurar funk na matemática e vencer as expectativas sobre como "som frio" pode ser entendido. É o álbum com mais temas com voz (Coby Sey, Olan Monk, james k e Sophia Al-Maria) dos Moin e, mesmo assim, não é uma tentativa de álbum de canções ou à procura de essa dimensão. É, sim, um álbum que encontra as nossas maiores esperanças e nos diz: isto só fica estagnado se nós quisermos. O rock, para os Moin, está sempre ao encontro de algo. É impossível estagnar assim. Uma pequena maravilha contemporânea.
