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Black Metal

Dean Blunt

Rough Trade

Regular price €12,50

Tax included.

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Near Mint. Original 2014 release.

Aplica-se: somos do tempo em que Dean Blunt nos vinha entregar em mão CDRs de Hype Williams. Não passou muito tempo, mas desde então muita coisa mudou. O som que faz hoje, desde “The Redeemer”, que pouco tem a ver com a sonoridade de Hype Williams. Contudo, algumas formas, uma forma de procurar continua lá. E é por isso que apesar de “Black Metal” (o título é mais um artifício à Blunt) ser ainda mais pop do que “The Redeemer” (que era uma ode a Arthur Russell), quase cheesy, nós ouvimo-lo como sendo uma qualquer coisa mais do que é. Parece presunçoso assumi-lo, mas sentimos que vale a pena fazê-lo porque mais cedo ou mais tarde descobrimos que é. Este é o disco mais “banda” de Dean Blunt, é uma coisa que tanto parece Yo La Tengo como um hit MTV pop de finais dos anos 1990 que hoje apenas vive nos charts da VH1 e nas nossas memórias tristes. Nas nossas e na de Dean, e entre algum do seu ruído típico, canções que claramente são mais arrojadas do que o formato pop geral de “Black Metal”, encontram-se algumas dessas memórias espalhadas por canções entre o cheesy e o mau gosto, mas suficientemente apuradas e ligadas a uma realidade de artifício que as tornam em qualquer coisa mais. Sabemos da fixação de Dean Blunt por algum do imaginário e atitude do início dos 1980 (muito do que os Hype Williams faziam, iam buscar aos Throbbing Gristle e arredores, por exemplo), e este disco claramente liga-se a projectos mais pop de artistas de outras áreas (já temos falado nalguns deles) que resolveram experimentar a fórmula e tentar a sua sorte. Blunt com “Black Metal” junta-se a esse panteão. Clássico.