Belly Up
Moin
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Prolíficos fica bem com os Moin. Mas ao contrários de muitos outros, o prolífico aqui é uma forma de transcendência, de encontro do rock com outras fórmulas que permitam as pontas já muito afiadas dos Moin tornarem-se ainda mais afiadas. Vai daí, integram elementos de jazz mais óbvios na sua música. Sophia Al-Maria regressa para dar voz ao tema de abertura e Ben Vince lança, igualmente, no mesmo tema, uma ideia de música circular que irá estar presente ao longo de todo este EP. “Belly Up” é mais um exercício de uma banda que continua em crescendo, à procura de respostas para coisas que ninguém perguntou: por exemplo, o que aconteceria se os Slint tivessem ido a festas de trance? Ou se os Mogwai não fossem épicos e só procurassem a paranoia em comprimidos de 3 minutos? À medida que ouvimos mais música deste trio, que nos convencemos que eles são pós-rock anti-pós-rock, um comboio em movimento ainda à procura de um destino. Porque é assim que a música se sente, com direcção, mas sem uma hora de chegada; rápida mas desrespeitando todos os mapas que conhecemos até hoje. Isto já transcende qualquer lógica. Mais um obrigatório dos Moin.
