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Ansiedade

DJ Danifox

Príncipe

Regular price €19,50

Tax included.

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Depois do excelente "Dia Não Mata Dia" e das incríveis contribuições nos discos de Tia Maria Produções, "Ansiedade" é o primeiro disco a solo de Danifox, que se estreia com um leque de faixas que assoberbam pela sua qualidade. A primeira "Ilha da Bruxa" sobe as expectativas com esta fusão de Batida com elementos quase techno, como o pequeno "beep", qual sonda de radar em contratempo que transporta a faixa para uma área mais alienígena. Futurismo calculado, esta capacidade de Danifox de adicionar laivos de "techno" à convenção da batida é ubíqua em "Ansiedade" - em "Parça", a percussão orgânica, com umas teclas de piano natural e inalterado por cima, são contrastadas com uma síntese robótica pincelada por cima de toda a faixa, numa simbiose incrível, groovy. Emoções à flor da pele, mas sempre balizadas por uma certa frieza maquinal, os temas de Danifox conseguem fazer-nos sentir várias coisas, e têm combustível tanto para o corpo como para o coração - surpresa em "Gentleman", que assume quase uma forma de canção com a voz de Danifox a afirmar "já não quero saber de nada, já não vou falar mais nada", qual "Gentleman" que sabe quando se distanciar. Produção sempre no limiar entre o mutante e o orgânico, entre o techno e a batida, entre os grooves mais house e os arrojos sintéticos inauditos (o tarraxo de "Aleijada" conta com umas modulações sónicas quase glitch, com beat/note repeats que trazem à memória algumas das ideias principiadas por Autechre). Destaque ainda para a fusão trap/batida em "Ngapa" - cada faixa é uma caixa de surpresas que eleva os standards de qualidade e originalidade. "Ansiedade" é essencial, na medida em que, pelo arrojo e ousadia, nos muda a percepção do quão longe pode chegar este tipo de música, bem nos moldes das revelações às quais a Príncipe nos tem vindo a habituar.


"Ansiedade" expands Dani's signature revolutionary batida, stretching and adding to the template, a true creative breakthrough signalled by the previous "Dia Não Mata Dia" EP. Loose and raw, not conforming to even the commonly accepted non-written rules of the genre, this is forward-thinking songwriting, not mere dance music production. But the music also looks back to a certain easy going, naked, experimental vibe of the early 2010s, flowing effortlessly through the channels like a warm breeze from the South. Organic percussion points to a very well grounded, intuitive rhythm construction, adding keys, bass, guitar and drums in the spirit of a jam. Vocals come in and out, repeating some mantras in support of the beat, shouting out personal afflictions, revealing a few tense situations. In "Robert Johnson" we hear "levanta a cabeça / segura". Face things. The music stutters along with conviction, as if demonstrating the fragile nature of such personal decisions. Being inspired by one of the most iconic and irreplaceable names in blues, the song is everything but a simulation of the real thing. It's in fact its own real thing, illuminated by Dani's inner conception of what Robert Johnson represented. The whole album opens up like a flower, carefully designed musical ideas being its petals, a joyful and intimate compositional experience we actually get to be exposed to. Not sure how to best describe this but we feel the music is forming itself in the very moment we are listening to it. It's quite alive." (Label PR)