FLUR 2001 > 2025



The Collapse Of Everything

Adrian Sherwood

On-U Sound

Regular price €34,50

Tax included.

OUVIR / LISTEN:
CLIP1 - CLIP2 - CLIP3 - CLIP4 - CLIP5

"Collapse of Everything" nasce de uma vontade de comentar sobre o estado actual do mundo: a ganância, a guerra, a ausência de humanidade geram sentimentos de impotência, de uma melancolia latente que nos serpenteia subcutaneamente. Adrian Sherwood percebeu isso e decidiu canalizar todas as emoções negativas para disco. "The Collapse of Everything" é um dedo do meio ao estado do mundo actual - o primeiro tema regista logo o tom, com melódica a melodiar candidamente, num cambalear a custo, passo-a-passo, sustentado pelos sopros emocionais e passagens de guitarra que acentuam o drama em moção. "Dub Inspector" alenta a velocidade, aumenta a paleta de sons, - vibrafones e outros instrumentos irreconhecíveis (ou serão, talvez, guitarras hiper-processadas e em wah?) -  com um skank ressonante, de som especial (soa quase a uma mola metálica), a pontuar o ritmo. "The Well is Poisoned (Dub)" reverbera praticamente todos os elementos, criando uma parede de som envolta em nevoeiro, corroborando o carácter alucinante do disco com as guitarras encharcadas em efeitos e com o rasto espectral deixado pelos instrumentos no fim da faixa, elevando a psicadélia a níveis perigosos. As escolhas de instrumentos e de sons fazem-nos perguntar de onde vem tudo isto, se foram gravados especificamente para o disco ou se provêm de outras fontes (quais?). Há, inclusivamente, uma sugestão de uma trilha para western, com guitarras e harmónicas a condizer, sob o título "Spaghetti Best Western", pondo temporariamente de parte o léxico dub até ao seu final, onde o tal rasto ectoplásmico dos reverbs faz-se soar uma vez mais. Sherwood mantém o mistério e as práticas da música dub bem vivas, continuando o legado para presentes e vindouras gerações, revelando um oasis de sons que, hoje, é difícil de encontrar. Quem ainda faz música assim? Estimem Sherwood porque, ao contrário dos seus discos, ele não estará cá para sempre.