Xrated
Solar X
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Galaxiid é a subsidiária da Trip, a editora que Nina Kraviz trouxe ao mundo e que nos tem dado uma visão diferente sobre o que o Techno pode ser na nossa contemporaneidade. Depois de um fabuloso "Trip Trap" do grupo Species of Fishes, Solar X (Roman Belavkin) é o artista reencontrado neste universo do Braindance russo. Manipulando grooves e brincando com as nossas expectativas, há vários exemplos de ludicidade na música de Roman Belavkin. A primeira "Wicked & Groove" podia ser uma (qualquer) faixa de house com uma linha de baixo contagiante, se a meio não se convertesse, qual Transformer a mudar para a sua forma de combate, num ímpeto ao bom tempo do drum and bass. Na última "Dare You Play", o produtor pergunta-nos directamente se aceitamos o desafio de entrarmos no mundo jocoso e tecno-surrealista de "XRated" - a brincadeira assenta nos sons semi-orgânicos semi-electrónicos, que convidam invariavelmente à mutação física assistida pela dança. "Tuch Pulses" podia ser retirado dos primeiros discos de Autechre, mais contidos, ritmados, menos alienígenas como os trabalhos mais recentes, mas ainda muito assentes numa narrativa futurista e sci-fi, como todo este álbum o é - a conservação do nosso humanismo face ao mundo tecnologicamente corrompido - serão as máquinas nossos aliados ou inimigos? "Dominatrix" responde abrindo as hostilidades, uma arma-techno-acid à volta das 145 batidas por minuto, pronta para fazer mexer corpos sedados. "Spanking for Pleasure", "Hot Cherry" e "Doom at the Dorm" provam que Roman tanto encontra conforto na hiperplanagem dos tempos do techno como num regime mais lento, espaçoso, onde os grooves das máquinas - e provavelmente de samplers que apresentam uma ritmatização mais metalizada - criam planícies de som interplanetárias. Recomendado especialmente aos que dançam ao som do universo Warp / Rephlex.