
Friend
James K
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Produzido por Special Guest DJ, Priori e Ex-Terrestrial, o novo álbum de James K sedimenta duas coisas. Primeiro, a vontade fantasista de uma artista que expande o território da pop deixada por Caroline Polachek. É menos uma coisa arrumadinha hoje, mais algo com um pé na vanguarda da electrónica. Sim, foi quase sempre assim, e um lado aproveita-se do outro, o que é de excepção hoje em dia, e já o é a alguns anos, é com as ferramentas tecnológicas permitiram encurtar essa distância numa carreira. Segundo, a visão da AD 93, que hora nos dá isto, como Joanne Robertson, Moin, Valentina Magaletti & YPY, Coby Sey, entre tantos outros, que serve ainda mais para destruir fronteiras. Elas existem por alguma razão, mas também existem para serem derrubadas. E, hoje em dia, a música é uma boa representação de como deveríamos conceber o mundo. Editoras que veem o seu catálogo assim são de valor. Vamos ao disco, "Friend" é pop alienígena misturada com uma visão desacelerada do trip hop. Música sem urgência, escorreita e mel para os ouvidos. Pop dos anjos, com o fetiche futurista de quem cresceu com jogos de computador, anime e o milagre disto tudo parecer o mesmo.