WINO-E
WINO-E
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A Wah Wah Wino criou uma fonte inesgotável de criatividade nos moldes da música de dança contemporânea - seguindo a linha do alfabeto em maxis semi-anónimos, a quinta edição da Wino é de uma beleza incomensurável. Mais sob o formato de um mini-álbum do que de um maxi 12" de dança, a história começa com o tema-título, com linha melódica subtil, ternurenta, a fazer lembrar os esforços lo-fi da Mood Hut e projectos associados (especialmente os excelentes e subvalorizados Aquarian Foundation), de aura liquefeita e com as vozes de espectros a fazerem uma visita. "Xoxa" é super dubby na sua abordagem, fazendo ecoar baixos de carácter metálico, com percussão carreegada de reco-reco, sinos e outros instrumentos insólitos, com reverberações de drones que nos localizam numa qualquer casa assombrada por espíritos benignos e jocosos. "twnety2" acciona percussão incisiva e reverberações do que soam aos agudos cantares de pássaros, criando uma atmosfera tropical dubbed out - pelo meio, o som do que parecem tambores metálicos em ressonância descendente, psicadélica. "Bud" continua essa espiral decadente para o coração da selva, em ritmo circular, minimalista, de total eficiência. Haverá grupo mais criativo dentro da gramática da dança a fazer música, hoje? É possível, mas partilham o pódio com a Wah Wah Wino. Exemplares. Recebemos mais cópias desta edição depois de termos vendido as últimas que tínhamos para o Japão. Não são artifícios do hype nem uma tentativa de injectar FOMO. Ajam depressa.