Reporting from Detroit
Terrence Dixon
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Detroit como quartel-general, porto-seguro; a sua comunidade encarregue de transportar a linguagem, o som, a prática, a técnica. Há poucos que o fazem tão bem como Terrence Dixon. Ele é uma sequela, uma continuação das ideias lançadas nos primórdios do desenvolvimento desta revolução. “Reporting from Detroit” afirma-se como um checkup, um novo capítulo no diário sónico do músico. Continuam os habituais ritmos minimalistas perfeitos - ele nunca precisou de sequências complexas para que a sua música baloiçasse com delicioso funk - a síntese futura, original, como arquétipo ou sinónimo de Detroit Techno, tudo com a sensibilidade necessária para se nos instalarem labirintos mentais através dos cruzamentos sintéticos que ouvimos. O low-end fecha o círculo harmónico e deixa o ouvinte satisfeito somente pelo sound design de Dixon, que serpenteia entre os ritmos das drum machines. Techno oriundo do berço do Techno, com direito a algumas referências sobre os baluartes da música de dança americana (“Music Box” é um tributo hipnótico ao lendário clube). Esta primeira prensagem do disco conta também com um maxi extra, de duas faixas, com o tema mais minimalista deste disco num dos lados e um banger acídico no outro.