Skintone Edition: Volume 1
Susumu Yokota
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Uma das reedições do ano. Entre 1998 e 2012 Susumu Yokota editou catorze álbuns na sua Skintone. Discos que começaram por ganhar culto e, com o tempo, conquistaram o estatuto de obrigatórios. Nem todos, obviamente, merecem esse lugar, mas não é tanto o cunhado de obra-primas que interessa aqui - e elas existem -, mas sim a consistência com que Yokota foi evoluindo de um lugar de uma electrónica dançável / techno (o álbum de Acid Mt. Fuji, de 1994, continua a abrir mentes, três décadas depois) para uma ideia de ambient que lhe é muito própria e hoje influencia dezenas de artistas. Na Skintone podia esconder-se do mundo que o conhecia de mil e outros projectos e do mundo que também tinha algumas expectativas com o seu trabalho e experimentou. Neo-clássica? Música para meditação? Criaram-se novas práticas ou, pelo menos, sedimentaram-se ao longo de catorze anos. Uma constante evolução que, ouvida agora, não só nos leva a outro tempo, onde o nosso fascínio se misturava com a inocência por este som (não era tão comum como agora) e a ideia de ambient music não estava tão disseminada como está hoje e, por isso, viajava e cruzava outros caminhos menos óbvios do que os de hoje. Por outras palavras, a música de Yokota em 1998, quando começou a editora, era mais universal do que hoje é alguma música que testa esses caminhos. Redescobri-la ou descobri-la em 2025 tem, portanto, um outro significado. A primeira caixa da Skintone tem sete dos catorze: "Magic Thread" (1998), "Image 1983-1998" (1998), "Sakura" (1997), "Grinning Cat" (2001), "Will" (2001), "The Boy And The Tree" (2002) e "Laputa" (2003). Simplesmente obrigatório. O segundo volume sairá nos próximos meses, contendo os restantes álbuns.