Cool Water
Maximillion Dunbar
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“Cool Water”, de 2010, chegou-nos apenas em 2013 por algum tipo de distracção que não sabemos explicar. Dunbar inaugurou uma das nossas editoras favoritas, a Future Times, com um single de 7? em 2008 (já impossível de arranjar a preço normal), ajudando a consolidar um som que atraía (e continua a atrair) por tudo o que apanha de “nebuloso” dos 80s, pelo boogie que vai buscar, pela sedução e melancolia, pelos kicks de house clássica (nunca nunca fora de moda). Há uma mistura de sensibilidades que parece um trabalho em movimento, nunca realmente terminado, como aqueles esboços tão perfeitos que não se lhes reconhece direito de passarem a obra acabada, polida. Dunbar ocupa aquele espaço musical onde o desejo mais forte de quem ouve, como nós, é que as coisas sejam mantidas credivelmente rudes e até ingénuas, como em “Original Soundtrack Flutes”. A felicidade sintética manifesta-se em “Breathe What You Say”, com vocoder triste a fazer descer o corpo para o sofá em suave contemplação. A seguir voltamos ao início em “Pretty Please” para um vislumbre de Janet Jackson boa e malabarismo breakdance, quando em “Sno Mega” há Wally Badarou no meio. Pérola perdida no meio do oceano.