Rooms With Walls And Windows
Julie Byrne
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Quando saiu em 2014, “Rooms With Walls And Windows” chamou alguma atenção. O seu carácter despido, lo-fi, de guitarra e voz, realçam dois aspectos fortes de Julie Byrne. A sua voz foge das suas contemporâneas, transporta para momentos mais idílicos da folk, é verdade, mas há algo de extremamente maduro e grave no seu tom. E depois há a forma como toca guitarra, é um adorno constante da sua voz e, por vezes, uma pancada seca nos silêncios que se ouvem no seu primeiro álbum. Está tudo aqui. O que não está é o adorno que se ouviu neste ano em “Not Even Happiness”, onde refinou tudo isso e meteu mais do que janelas e paredes nas suas canções: são agora divisões completas. O título aqui reflecte com uma imagem a simplicidade do disco que a deu a conhecer ao mundo, mas não diz que as suas canções são mais do que isso. São. Há por aqui temas maravilhosos, “Prism Song” (é de caras uma das suas melhores canções), “Marmalade”, “Butter Lamb” ou “Emeralds”. Passou-nos ao lado em 2014, mas agora como todo o mundo estamos a descobrir uma das melhores escritoras de canções da actualidade. E ouvir isto agora faz-nos sentir abençoados, em menos de seis meses ficámos a conhecer dois discos inesquecíveis de Julie Byrne.