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Ike Yard

Ike Yard

Superior Viaduct

Preço normal €27,00

Taxas incluídas.

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Primeiro foram as compilações “New York Noise” que nos chamaram a atenção para o nome Ike Yard. Depois, a colectânea da Acute “1980-82 Collected” mostrou-nos quase tudo o que havia para mostrar deles e ficámos verdadeiros fãs. Uma reedição – há muito esgotada - em 2012 da francesa Desire tornou o encontro com “Ike Yard” possível. Agora volta a acontecer pela mão da Superior Viaduct. Som de sintetizadores absolutamente distinto do que foi feito antes e depois deles, uma ilha no panorama dos anos 80 (existiram mais algumas: Young Marble Giants e This Heat, por exemplo), um som – e uma forma de compor (até é mais isso) – estranha até às formas da altura (no wave, minimal wave, industrial), com o lado negativo de uns PIL, princípios instrumentais que lembram Suicide, composições lentamente fragmentadas (This Heat) e uma voz que é mais uma presença do que um condutor de palavras. Aliás, uma das coisas mais fascinantes do som dos Ike Yard é a inexistência de palavras de ordem, quando a música deles pede tanto isso. Mas o facto de não existirem, de isso ser trabalhado quase como uma tentativa de não o fazer, resulta na perfeição. E isso fez com que fossem mais originais e distintos do que muitos outros sons da altura. Desde “M Kurtz” até “Half A God”, “Ike Yard” é um disco imaculado. Seis canções vibrantes, uma força tímida que conquista, torna-se progressivamente expressiva e ganha contornos de dark tribal (seja lá o que isso for, até por que soa a algo foleiro) – “Loss” é world music em negativo. Houve tanta coisa boa que este disco influenciou (mesmo que indirectamente), é um dos grandes marcos da primeira metade da década de 1980 (mesmo que seja um disco relativamente desconhecido. Capa original, som excepcional e o sentido impagável de que temos um bocado de história nas mãos.