The Muslim Highlife Of Alhaji Waziri Oshomah
Alhaji Waziri Oshomah
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Na primeira abordagem, caímos quase imediatamente sob o efeito hipnótico dos mantras vocais, groove circular, percussão fresca e dinâmica. Há também todo um tom devocional que instintivamente comunica connosco, independentemente de convicções religiosas. "As minhas canções não são apenas islâmicas - elas ensinam moralidade para toda a gente e encorajam-nos a todos a viver uma vida boa". Para Waziri, a faísca original está nos anos 1950 e 60, positivamente intoxicado pelas músicas de cruzamento entre tradição e modernidade, também adopção de algumas formas "ocidentais". Enturmado com bandas locais na sua região no sul da Nigéria, foi só mais tarde que se deu a fusão entre música e a forte inclinação para seguir os ensinamentos do Islão, algo que os seus pais esperavam. "Mesmo que não entendam a minha língua, vocês vão dançar os meus ritmos, porque isto é música para todos os humanos". Difícil contra-argumentar, assumindo que se quisesse. Com base numa sólida e regular discografia na década de 1970, a Luaka Bop segue assim a sua série World Spirituality Classics. Sete faixas apenas, mas cada uma gloriosa na sua duração nunca inferior a 8 minutos. "Alhaji Yesufu Sado Managing Director" alcança os 17 minutos, vai subindo em espiral, sustentadamente, provocando movimento espontâneo desde o primeiro segundo. Aconteceu aqui um rumo paralelo à cena highlife nigeriana, com poder de encantamento que não despreza (antes potencia!) a festa, agregando gentes em "sermões" sociais talvez mais que religiosos. Maravilhoso.