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New Hymn To Freedom

Szun Waves

Leaf

Preço normal €21,00

Taxas incluídas.

Quando as coisas se alinham há muito pouco que se pode fazer. 2018 foi o ano em que o mundo se reconciliou com o jazz britânico, discos, destaques e motivações por novos nomes levaram a que se criasse um novo olhar, ou uma nova forma de olhar, pelo jazz que se faz no Reino Unido. Foi #1 na The Wire (Sons Of Kemet), reencontrou fórmulas de Madlib (Kamaal Williams) ou desfilou em ondas que assimilam a electrónica da Leaf com o New Age. "New Hymn To Freedom" foi ficando para trás nos nossos destaques: uma primeira edição que esgotou muito rapidamente é, em parte, responsável por isso. Projecto a três, Luke Abbott no comando, mais Jack Wyllie e Laurence Pike, os Szun Waves fundem as aberturas new age de Suzanne Ciani com paisagens com o rigor de um Murcof inicial, abrindo montanhas, criando passagens de rios. "New Hymn To Freedom" é bastante auto-explicativo, quando aprendemos que todas as seis faixas no álbum resultam da improvisação dos três músicos em conjunto, sem edição ou acrescentos. Luke Abbott, Jack Wyllie e Laurence Pike tocam, entre eles, áreas tão diversas como jazz, clássica, ambiental e techno. Sem constrangimentos de género, não estão também obrigados a fazer desfilar referências óbvias de qualquer dessas áreas, preferindo, em conjunto, encontrar pontos de intersecção de onde resultam novas coisas. Nessa busca, nada soa deslocado ou despropositado. Synth, sax e bateria seguem algumas coordenadas de jazz espiritual, tão depressa integrado num salão de vistas largas como numa densa floresta, observando as necessárias diferenças de ritmo e atmosfera. A dados momentos "New Hymn To Freedon" desprende-se do impacto jazz inicial e depressa se torna numa corrente de ideias, onde os movimentos vão confluindo sempre na mesma direcção, em harmonia. Por vezes a bateria desaparece e a música dos Szun Waves parece um filme, um confluir de imagens em cores esbatidas, neutras, simples, com um conforto de lã.