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95 MINDJERES

Nídia

Príncipe

Preço normal €19,50

Taxas incluídas.

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Nídia chegou. Mas já chegou há muito tempo. Logo em "Danger" (2015) deu para entender não o que era um potencial mas algo que era efectivo: a sua diferença em relação a todos os outros produtores de batida seus contemporâneos. E mesmo num contexto mais alargado de música de dança, Nídia é a sua própria mestra. Na fase em que nos encontramos ("95 MINDJERES"), ela olha com mais atenção para as suas raízes de vida, em parte guineenses, e daí este título evocativo de um grupo de mulheres que lutaram e contribuíram para a causa do PAIGC nos tempos de luta anti-colonialista. Mas o que poderia ser transformado num disco conceptual, teorizado para carreira garantida na imprensa, é somente mais um álbum excepcional de Nídia que acontece estar ligado a este momento na sua vida. Corre uma energia ao longo das 11 faixas que parece transmitir preparação, planeamento, em vez de acção. Uma espécie de proactividade tranquila, uma mudança para chegar. A música abre, brilha intensamente, com alegria, em "To La", mas até aqui há uma chamada à reflexão, numa sequência de saída com cerca de 1 minuto. Viragens inesperadas perto do final do álbum fazem com que "abcd" e "Paradise" acentuem a sensação de esperança. Parece paradoxal, mas é bonito intuir que o álbum termina e é precisamente aí que o seu tom transformador aponta para a frente. Pelo meio, pérolas. Vejam o que acham. A outra arte é do Márcio Matos, pintada à mão.


"Ever more secure in her chosen path, Nídia radiates gloriously in all moods for the dancefloor in this, her album number 3. Consistent with her fiery nature and mixed roots in Guinea-Bissau and Cape Verde, "95 MINDJERES'' is framed by the decisive role of women freedom fighters in PAIGC's struggle for the independence of Guinea-Bissau from Portuguese colonial domination during the 1960s and 1970s. Among others, the names of Teodora Gomes and Titina Silá shine brightly as leaders of a group of 95 women, providing them with military training and political awareness. The album starts righteously with a question-themed banger; ambiguous in its sense of curiosity, even mischief, or perhaps it is a passionate commentary on the hard atavic realities of the world. It sets the tone for the wonderfully bouncy "Deep", pads gently pulling at the legs, longing for action. All of Nídia’s work has been basically concerned with pushing forward, instant piece by instant piece, a particular, some would say peculiar, view of what culture is, what role it plays in social life. She exercises her experimental inclination within the groove, interweaving percussion sequences and melodies in a very lean way - track durations are generally within range of what many would call "sketches" but the music just says what needs to be said. Beats are never artificially extended for the dancefloor, there's not a hint of that culture in "95 MINDJERES". Closest would be "cp", an actual drum tool. Ideas are in motion now. And they fly out during the following "Mindjeres", marked by gentle stabs as if counting the steps skyward. Unexpected turns near the end make final songs "abcd" and "Paradise" accentuate a longing sensation. Stuff is ready, bodies alert, mind is sharp with warmth and fellowship, detoxed, we can now hear the overall tone of the album, a clear view on self nurture, freedom and responsibility. We believe it is sustained by Nídia’s progressive interpretations and approaches to promote harmony in never-ending family entanglements, reconcile notions of ancestry and uproot, and try out means to resist and fight. In praise of Love." (Label PR)