Verdadeiro
DJ Kolt
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Material duro de DJ Kolt, a anunciar a sua já efectivada retirada enquanto DJ e produtor (outro disco desta fase final aguarda publicação mais adiante no ano). Quatro malhas cheias de fogo, sim, mas a riqueza de pormenor em escuta mais atenta mostra uma gama de emoções variada. Directo a assentar na pista de dança, enganador em primeira leve abordagem, "Verdadeiro" parece brincar às Grandes Salas, como a editora comunicou, utilizando um espectro sonoro próximo da figura do DJ zombie que os anos 10 deste século foram intensificando, com a música a rolar pesada em acompanhamento dos punhos no ar. O que se ouve aqui é épico, sem dúvida, só que entra na cabeça com questões que na Lusitânia ficam meio no ar. O que é isto? A pergunta já foi feita antes em relação a outras edições Príncipe. Africano ou português? Global? A querer ser algo ou a sê-lo já com naturalidade? O que é consensual é que esta criatividade desaguou em Lisboa e seus arredores, onde aconteceram e até foram desenhadas circunstâncias que continuam a imprimir nesta música uma identidade e urgência de comunicação até que isso deixe eventualmente de ser assunto.
