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Diagonals

Born Under a Rhyming Planet

DDS

Preço normal €36,00

Taxas incluídas.

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Jamie Hodge, Banquet ou Born Under a Rhyming Planet, de Chicago. Três nomes de uma das primeiras descobertas de Richie Hawtin para a sua - na altura - recém-fundada Plus 8. Em 1993, sob o nome Born Under a Rhyming Planet, Jamie Hodge estreava-se com "Digital:Hell / Analog:Heaven", trigésimo lançamento na editora, techno atmosférico, sideral, cibernético, influenciado pela aura sci-fi do techno inglês. Em "Diagonals", disco compilado a dedo pelos Demdike Stare, foram escolhidas faixas que evidenciam a faceta mais jazzística do produtor. Há exemplos óbvios do impéto do swing do jazz aplicado a música electrónica, nomeadamente "Menthol" e "Fete", que conduzem os ritmos habituais dos hi-hats dos bateristas de jazz por cima de linhas sintéticas flutuantes, estranhas ao ouvido terreno. A música, tocada e sequenciada somente através de máquinas, surpreende pela sua qualidade orgânica, verosímil, fazendo-nos por vezes esquecer de que não estamos a ouvir bateristas ou teclistas em acção, mas sim um conjunto de máquinas pré-programadas a cumprirem o seu dever. "Trampoline" é um paradigmático exemplo de um exercício de melodia abstracta, causando uma estranheza intrigante no ouvinte, de cadência lenta o suficiente para o ritmo amorfo começar a embalar, qual banda sonora para a exploração astral no negrume do espaço. Fora o jazz, há faixas que funcionarão nas pistas de dança de mente mais aberta, como "Hyperreal", surpreendente exercício de Techno/Electro planante, com bonitos acordes que remontam para a Motor City. "Diagonals" revela-se como um esforço para lembrar perpetuamente este importante trabalho de cruzamento de referências, provando que é possível, de forma eficiente, ligar os pontos entre dois géneros à priori tão distintos.