A Flame My Love, A Frequency
Colleen
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A música de Colleen é uma bolha de contemplação, um lugar seguro em que isso está presente e onde o receio da bolha rebentar é inexistente. A sua música aconchega e por mais fronteiras que desafie, sabe-se que se está num local de confiança. “A Flame My Love, A Frequency” ameaça testar esses limites, logo no início com a lindíssima “Separating”, mas ao fim de uns minutos enrolados nas texturas dos seus sintetizadores percebe-se que o envolvimento na nuvem de Colleen não vai desaparecer. Aconchega, abraça, os sons começam a trazer calor humano com a voz de Colleen, mesmo que seja residual, esparsa, esotérica. E está lançado o mote para o disco, um belíssimo disco de electrónica, homenageando um passado que tanto passa por Delia Derbyshire e Suzanne Ciani como os Kraftwerk de “Radioactivity” ou a descoberta disto tudo dos Radiohead em “Kid A”. Colleen vai mais longe e cria um crescendo, as texturas – a nuvem-Colleen – assumem uma forma que envolve o ouvinte como nunca se ouviu num álbum de Colleen. Maturidade, inocência e o céu juntos para um magnífico acontecimento. Mais um de Colleen, o seu melhor até à data.