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Everywhere At The End Of Time

Caretaker, The

History Always Favours The Winners

Preço normal €24,50

Taxas incluídas.

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Há uns anos que temos tido a sorte de ter todos os lançamentos de Leyland Kirby nos seus diversos pseudónimos. Com essa questão do momento vêm também os constantes interregnos, longos períodos em que não ouvimos falar dele e, de repente, sem qualquer aviso, chegam notícias de que vêm uma série de discos seus. “Everywhere At The End Of Time” é esse tipo de novidade, o primeiro de uma série de seis discos, lançados ao longo dos próximos meses, que são o resultado de um trabalho que tem feito à volta da memória, da perda dela, da doença (Alzheimer), mesmo que isso não o afecte. É um tema que tem tudo a ver com Caretaker, os sons que cria enquanto tal são uma procura e uma exploração genuína da memória. Seja porque os sons remetem exactamente para um passado que inevitavelmente evoca o conceito de memória, mesmo que os sons digam pouco ou nada ao ouvinte. É o método que interessa, uma força criativa que consegue explorar esse sentimento e alojar-se no cérebro quando ouvimos a sua música. Já foi definido no passado como “haunted ballroom” e é uma definição que ainda serve este Caretaker, embora o ambiente tenha pouco de sombrio ou assombrado, porque a memória presente nesta primeira selecção de trabalhos desta nova enciclopédia Caretaker soa a um conjunto de valsas que parecem existir numa história paralela do mundo. E a forma como desencanta isto, como cria uma espécie de realidade/passado paralelo, é uma característica única de Caretaker. Ninguém faz isto como ele, ninguém cria música como ele. É um passado, ou memórias que só existem nos seus discos. E oferece-nos isto com uma bondade única. A sua música é uma dádiva para o mundo e passar ao lado do que anda a fazer é perder algo de muito bonito. E se não pegamos nas coisas bonitas, mesmo quando elas são um pouco tristes, ou evocativas de uma certa tristeza, ou melancolia, então não andamos a fazer nada por aqui. Oiçam “Chidishly Fresh Eyes” e depois venham falar connosco. E, fica a dica, como outros lançamentos, “Everywhere At The End Of Time” é muito limitado e já não temos muitas cópias. Não deixem para o fim do ano aquilo que só irão conseguir arranjar nos próximos dias.