
S A C R O S U N
Ece Canli
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O segundo álbum a solo de Ece Canl? vibra para lá da experiência vocal de "Vox Flora, Vox Fauna" e de experiências ao vivo da artista. "S A C R O S U N" é uma mistura de coexistências sonoras. É tanto synth-music - sem o ser - de filme de terror, como ambiências de banda-sonora do chamado "modern classical", onde se inclui gente como Max Richter ou Hilgur Guðnadóttir. Contudo, o lugar deles não é o que a artista residente no Porto quer ocupar - e é importante fazer essa distinção -, mas a narrativa no segundo álbum é menos académica e em direcção a essa ideia de embrulho sonoro, onde o som se faz com narrativas - suspense, medo, descrédito no que estamos a ouvir, enfim, sentimentos - e existe em dinâmicas de sugestão. Contudo, ao contrário dessa ideia de banda-sonora, os temas continuam a ser introspetivos e contidos em expansão - uma coisa não tem a ver com a outra - e Ece continua a querer-nos cativos num círculo vicioso para nos transformar em ouvintes-experiência. E isso soa bem. (Soma-se a isto tudo uma ideia de artwork e design de capa que está bem concretizado a todos os níveis; resulta muito bem, é bonito e é notável. Se a fasquia das edições fancy fosse sempre esta, estaríamos bem servidos.)