Clubs Hit
Império Pacífico
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Luan Bellussi (trash CAN) e Pedro Tavares (funcionário) encaixaram uma série de idealismos no primeiro LP, “Exílio” (Variz, 2020), em súmula de dever cumprido pela chegada à maturidade. O resultado, contagiante, impressionou pela forma descarregada em adulterar ideias de música de dança misturadas com pop de chuveiro e um bombo de curtição. Penaliza-se o divertimento, dizer “música divertida” tem gosto de pejorativo, como se fosse para não levar a sério. No caso dos Império Pacífico tem de se encarar isso como uma virtude, uma forma de transportar um sem número de acções. “Clubs Hit” amadurece o amadurecimento de “Exílio” e prossegue por caminhos inesperados. Se no álbum anterior Maria Reis fervia as músicas em que participava, aqui ouve-se Panda Bear (“Aftershow”) a cantar sem peso, uma t-shirt larga e um sorriso. Os Império Pacífico continuam a transportar emoções e a desrespeitar tempos, formas e a ideia de música ao centro, a certinha. O efeito contamina, cada momento existe com uma sobrecarga de boa disposição, num efeito after hours contínuo com a passagem noite/dia encalhada. Música de virtude, projetada para os eternos sorrisos. Divirtam-se, sorriem, libertem-se.