
Meeting Of The Minds Vol. 11
V/A
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Na 11a edição da série, comecemos pelo lado B: a colaboração com DJ Trace, um dos pioneiros do movimento jungle, resulta num jogo entre dois breakbeats isolados, que alternam entre si, empurrando o ritmo para diante, com subgraves decadentes e uma atmosfera que deve mais ao darkside e que declara a faixa como objecto de malícia, sem perder o groove e o carácter jocoso comum ao jungle. Arx X e Duburban fazem, com Tim Reaper, a faixa mais emotiva do disco, com um pad melancólico que principia a narrativa, antes do drop potenciado por ragga, dub sirens e um low-end incisivo - faixa que remonta ao âmago dos 90s, preservando espírito e legado em iguais partes. No lado A, a colaboração com Nebula apresenta ambiências mais delicadas, diáfanas na mistura, com amen break incisivo, samplado e cortado ao pormenor, rasgando o canal estéreo cheio de ímpeto sempre que entra e sai de cena. A colaboração com Stekker, onírica, eleva os espíritos com cordas épicas e um sentido narrativo aprimorado - a melodia inicial acentua os pads celestiais que se ouvem e que nos levam num crescendo até ao drop, mandando tudo abaixo com low end carregado e um sample de um ritmo quebrado de pormenores vocais, fora da caixa e verdadeiramente admirável - pelo seu fim, há beatswitch para o que parece ser uma fórmula Mr. Fingers, 4/4, a 160bpm - tema alucinado, louco, inacreditável. Mentes criativas consolidam a série como uma bênção no contínuo da música jungle, reforçando sentido de comunidade, entreajuda e a máxima "duas cabeças pensam melhor que uma". Jogo de dinâmicas Genial.