Carrie & Lowell (10th Anniversary Edition)
Sufjan Stevens
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Há dez anos, quando saiu, existiram poucas dúvidas sobre a qualidade de "Carrie & Lowell". Eis porque se diz isto, às vezes, nestas voltas de celebrações, existe, por vezes, um tomzinho de recuperar algo que não entendido ou que ficou algo aquém no momento do seu lançamento. Este disco de Sufjan Stevens é o contrário disso tudo, houve logo certezas sobre a sua excelência em 2015 e era relativamente fácil afirmar que era o seu melhor álbum. Sem surpresa, dez anos depois, "Carrie & Lowell" continua a ter esse lugar. Tocou muita gente pelas histórias hiperpessoais (os nomes no título são a mãe e o padrasto de Sufjan). Tocou de tal forma que, há dez anos, muita gente nos dizia isso, exactamente isso, no balcão. Foi também um álbum que, ao longo destes dez anos, não ficou esquecido, foi sempre aquele de Sufjan Stevens que as pessoas queriam ter. Podemos dizer isso de vários artistas, mas aqui há qualquer coisa de especial, a compra nunca parecia ocasional. Dizemos isto, porque se há disco que merece a voltinha dos 10 anos, é este. Numa edição nova, com sete demos inéditas, artwork novo e um livro de 40 páginas. Ouvi-lo hoje - bom, na verdade nunca o deixámos de ouvir - impressiona como os arranjos se mantém tão singulares, discretos e absolutamente negacionistas da ideia tipifica do que "orquestral" significa. Eis um bom álbum para se celebrar. Este merece todas as voltinhas. Quando "Blue Bucket Of Gold" termina ainda se fica sem certezas sobre o que acabámos de ouvir, se um final, ou algo que é para deixar assim, em aberto. Como parece que ficou. Há coisas que não têm fim, não é?