Dias Da Aranha
Serpente
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Em nenhum outro álbum de Bruno Silva - em qualquer uma das suas máscaras - se encontrará uma obra tão emancipada como este "Dias Da Aranha", de Serpente. Parte disso vem da vontade de abrir a sua música a colaborações com outros músicos que, criativamente ou espiritualmente, estão ligados a si: Maxwell Sterling, Kelly Jayne Jones, Pedro Sousa, Vasco Alves e Gabriel Ferrandini. Outra, a mais importante, vem com anos de trabalho, de soluções que se escondiam por detrás de monikers, de uma certa vergonha/medo/timidez - agora escolha - pela afirmação, Bruno enquanto Serpente resolveu aqui o como chegar a música orgânica, que incorpora e sabe incorporar, e que percebe o que é contenção e transbordar para fora das margens. O escapismo continua a existir, agora de forma presente, alinhada com a música e não numa busca aventurosa pela teoria: isto é, pela primeira vez, a música foge consigo mesma, é corpo e alma num só, e não as duas coisas fragmentadas. Antes ouvíamos as suas ideias, a exaustão de um saudosismo do futuro próximo. Agora isto é o futuro tão presente. "Dias Da Aranha" molda e destrói cabeças. Arrojo e luz para uma nova era. Bruno Silva agora faz música para respirar. Respirem com ele.