24 -> 24 Music
Dinosaur L
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Antes de Arthur Russell começar a distorcer e a esticar os limites da música pop, folk, ambiental, dub e tudo o resto, a reconfiguração de códigos e signos foi feito dentro da linguagem Disco. Nova Iorque era seminal neste campo e Arthur Russell não foi indiferente aos progressos da música de dança - um artesanal de congas, violinos, guitarras, baixo, bateria e vocalizações extra-terrestres metem o "mutant" em "mutant disco". O primeiro tema, "#1", mantem o groove bem travado entre bateria e congas, com as vozes do que supomos ser Jill Kroesen a causar desconforto por cima do leito de som. Cenário atípico? Nada em Arthur Russell é típico. A primeira iteração de "I Wanna Go Bang", sob o título "#5", ainda é um esqueleto da que se popularizou com a versão de Francois Kevorkian - as vocalizações como as conhecemos ainda não estão lá, mas uma longa secção de improviso entre Rhodes, teclado, órgão (Julius Eastman) e guitarra, por cima da firme secção rítmica, confere à faixa uma outra aura. Os músicos que tocam em Dinosaur L são exemplares, dando mais cor, energia e complexidade à ideia mais aterrada de Disco, abrindo novos terrenos e servindo de influencia para a nova juventude da dança. Uma epopeia de sons com influências que vão desde as longas jornadas musicais de Fela Kuti a toda a história do jazz e da Disco - "24->24 Music" é a grande carta de amor de Russell à música de dança americana. Reedição essencial, edição japonesa com obi strip.
