Sabresonic
Sabres of Paradise, The
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O power trio de Sabres of Paradise: Andrew Weatherall, Gary Burns, Jagz Kooner. Já toda a gente conhece a ligação de Weatherall aos Primal Scream e o fenómeno que foi Screamadelica, bem como todo o trabalho de remisturas associado ao seu nome. Passemos à frente. "Sabresonic" declara-se como a evidência perfeita do que era a cena musical inglesa dos 90s, reunindo todos os elementos, referências, tiques e vícios destas linguagens. "Still Fighting" é uma faixa perfeita para introduzir o álbum, já que contém todos os elementos característicos da música do grupo: sensação de tecnologia desenfreada e incontrolável, linha ténue entre utopia ou distopia tecnológica, ritmo propulsionado por uma 909 ubíqua e profundo foco textural, ambiental, nas paisagens sonoras criadas, qual emulação da sequência "Star Gate" de "2001 Odisseia no Espaço"; moções para dança, seja a BPMs mais céleres ou chuggs mais bassy, lentos. "Clock Factory" é um dos grandes destaques do disco, provando não só a versatilidade do grupo, como também mostrando música ambiental mais dada ao ocultismo inglês, qual ramificação do contínuo do Industrial dos 80s - pelo seu fim, sopros agudos, fantasmagóricos, centram-nos numa casa assombrada, criando uma anacronia uncanny com o resto dos elementos da faixa. "R.S.D." assume a influência fortíssima do dub, entrando na mesma linha de Rockers Hi-Fi com um House que deve mais à Jamaica do que à América.
