Liminal Space
Ill Considered
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A dedicatória a Leon Brichard na limitadíssima edição de “The Stoke”, anunciada há cerca de um ano, deixava clara a saída do músico dos Ill Considered. A formação base, agora composta por Idris Rahman (saxofone), Liran Donin (contrabaixo) e Emre Ramazanoglu (bateria), complementa a mudança com um novo capítulo no seu ciclo de edições: o seu primeiro álbum gravado em estúdio. Um passo em frente, “Liminal Space” alimenta-se da atitude desviante da banda com as fronteiras que saem do jazz – e não as que vão ter com ele. Há músicos convidados, Theon Cross, Tamar Osborn, Ahnanse, Oli Savill, Sarathy Korwar, Keidi Akinnibi, Robin Hopcraft e Ralph Wyld. Quando as canções apenas contam com os três elementos nucleares, as canções extravasam para o rock, um rugido do trio a sair do seu próprio ciclo. Isso é metade do álbum, cinco canções, intercaladas com as outras cinco, onde entram os convidados, que parecem atenuar a energia sempre viva – e ao vivo – do trio, mesmo quando estão em estúdio. Essa pacificação, chame-se assim, abre-lhes os horizontes, procurando lugares que nunca exploraram nos dez lançamentos anteriores: “Pearls” é um belíssimo exercício de spiritual jazz; “Dust” uma (óptima) brincadeira em jeito de big band; e “The Lurch” uma iniciativa fluída de um wall-of-sound. Se anteriormente os álbuns dos Ill Considered mexiam pela sua irrequieta transpiração, em “Liminal Space” há um grande exercício de contenção à procura de novos caminhos, de renovação. Começa, e bem, aqui.