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Flow Critical Lucidity

Thurston Moore

Daydream Library Series

Regular price €13,50

Tax included.

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O ano não acaba sem um disco “pop” de Thurston Moore. É o nono disco a solo, abraçando as suas influências - como a de Velvet Underground, toda a escola da música minimalista e até a música Noise - de forma assumida e destemida. Os dedilhares de guitarra na primeira “New in Town”, juntamente com a percussão tribal, levam-nos a um sítio longínquo e desconhecido. “Sans Limites”, com a voz processada de Laetitia Sadier a preencher o soundscape, conduz-nos invariavelmente aos tempos de Sonic Youth com os bonitos acordes de Moore na guitarra, planantes por cima de ondas texturais e uma secção rítmica minimalista. Músicas longas e expressivas, de composições sólidas com clara sensibilidade pop a ocuparem o lugar de alta energia que permeava a sua música no passado. Tom lânguido, com electrónica abstracta e sedativa (espreitem os sons a meio da “We Get High”, belo par com a guitarra carregada de delay), com repetições estruturais de carácter meditativo. É um disco que contempla anos de carreira e de vivências musicais, culminando-as num álbum que soa tanto a Sonic Youth como às influências da música de Thurston Moore, mais arrastado e despreocupado. Engenhos de estúdio pensados ao pormenor substituem os impetuosos espasmos rock do passado. Disco que se alinha minimamente com a direcção que Moore mostrou nos últimos discos, como "By the Fire" e "Screen Time" (em particular, todas as manipulações de som feitas em estúdio), mas com uma maior nostalgia pelo passado - em particular, pelas composições e pelo espírito de Sonic Youth. Se Kim Gordon revela, nos últimos discos, uma fuga ao som característico da sua antiga banda, Moore revela o contrário, colando-se às suas antigas motivações rock. Onde irá ele a seguir? Estaremos aqui para ver.