Magnetic Web
Nik Pascal
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"Magnetic Web" de Nik Pascal segue uma certa ideia de liberdade na maneira como os seus instrumentos comunicam uns com os outros. Parece que não há propriamente um mecanismo que sincronize infalivelmente os sintetizadores, o que não é necessariamente algo negativo: as caixas de ritmos saltitam entre as linhas sintéticas gordas, criando uma paisagem sonora algo caótica mas absolutamente curiosa e singular. Com as batidas das caixas de ritmos, principalmente pelo início, sente-se um flirt com ritmos latinos que, conjugados com com a síntese ácida, transformam as composições nas tais "teias magnéticas" que agarram a atenção sem descolar. Aqui não há leads, refrões, nem melodias propriamente ditas: é a viagem sem pausas pela qual nos comprometemos enveredar. Em "Light Stimulus" ouvimos o que parece ser um grupo de jazz livre a improvisar nas teclas modulares - ondas sintéticas avassaladoras tomam o comando da composição, varrendo qualquer oportunidade de voltar a uma uma narrativa musical clássica, standardizada. Arriscado, ousado, brilhante.
