Push The Sky Away
Nick Cave & The Bad Seeds
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Mais um álbum para Nick Cave, o décimo quinto da sua lista, mas… quem é que ainda os conta? Nós deixámos de os contar, até porque “Dig Lazarus Dig”, de 2008, foi um reinício e porque a sua aventura nos últimos anos com Grinderman, que deu dois óptimos discos, foi um alter ego temporário à medida da sua dimensão sónica. Gravado num palacete francês feito estúdio – e isto tem sempre valor para se referir -, pelas mãos, justamente, do homem que guiou os três discos referidos acima, Cave alia-se a Warren Ellis para nos trocar as voltas e regressar a uma paz cinemática belíssima – talvez não seja de estranhar as bandas sonoras que ambos fizeram antes deste disco. Os arranjos meticulosos e certeiros – e de certo modo, ambiciosos – não escondem um caminhar insolente e vagaroso, e muito bluesy, das palavras de Cave, como se houvesse quase um desrespeito carinhoso pela toada melancólica e soft da partitura. Quando se anunciou dizia-se que iria ser o mais o mais subtilmente belo álbum dos Bad Seeds e, apesar de depender do gosto de cada um, compreende-se o grau de encantamento que “Push The Sky Away” provoca à primeira audição. Classe.