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Movimento Perpétuo

Carlos Paredes

Drag City

Regular price €18,95

Tax included.

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Reza a história que Ben Chasny ficou apaixonado pela música de Carlos Paredes na sua primeira visita a Portugal, algo demonstrado pela sua dedicação a Paredes no álbum "School Of The Flower". Esta é uma explicação para os dois primeiros álbuns do guitarrista português serem reeditados pela primeira vez desde 1983 (!), agora pela Drag City, em duas edições que replicam bem os originais e com boa qualidade de som. "Guitarra Portuguesa" e "Movimento Perpétuo" são dois marcos na música portuguesa e registos importantíssimos para a divulgação e promoção da guitarra portuguesa, um instrumento com tradição de séculos e adaptado constantemente de região a região de forma a aproximar-se do som pretendido. Carlos Paredes, sabemos, é o grande intérprete deste instrumento, uma espécie de embaixador que elevou a guitarra a uma vida além fado, além música folk ou regional. O que fez com as doze cordas é inesquecível, tamanha paixão, dedicação, talento e obsessão são raras de se encontrar, agora confronte-se isso com os anos difíceis em que os gravou e editou (1967 e 1971), já com mais de quarenta anos e uma vida difícil (esteve preso, sem instrumento, mas diz-se que isso não o impediu de compor) e frustrante (o seu pai, Artur Paredes, também guitarrista, é em parte responsável pela sua carreira editorial tardia). Ouvimos o seu nome, ouvimos as suas canções aqui e ali, reconhecemos o mérito, o talento e a sua importância, mas raramente ouvimos as suas canções com a atenção que merecem e os discos que, em si, contam uma história. Não houve nem há ninguém como Carlos Paredes na nossa história. Estas edições são históricas, não só por voltar a colocar em circulação álbuns que hoje são relativamente difíceis de encontrar, mas porque "Guitarra Portuguesa" e "Movimento Perpétuo" são discos valiosos da nossa História e em qualquer História.