Ó Nossa
Júlia Reis
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Em 2023 será difícil a quem segue a pop portuguesa não conhecer Júlia Reis. Primeiro em Pega Monstro (com a irmã Maria), depois em colaborações várias, mesmo bem fora da pop como é o caso de "Rahu", com Gabriel Ferrandini, David Maranha, Alex Zhang Hungtai e Pedro Alves Sousa. A voz bem à frente, a veicular criação própria e algumas canções tradicionais, num fraseado moderno, descontraído. Pop clássica, uma voz doce, baixo por António Quintino, tudo o resto por Júlia no seio da irmandade Cafetra que nutre afectos há muitos anos. Bonito deslumbramento de juventude mnas também com sentimento por idades mais avançadas e uma aura portuguesa indesmentível. "Ó Nossa" inscreve-se claramente na tradição e faz dela a tradução correcta para o Presente. A chegar à rua em cima do Natal de 2022, será criminoso encerrar este disco nesse ano passado. Está fresco.
