Crystallization
SAB
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Primeiro e único disco editados pelos japoneses SAB. O ano, 1978, o músico? Um prodígio de 19 anos que, pouco depois, iria para os Estados Unidos e desaparecia do mapa (não nesse sentido). Outro dos músicos surgem nos créditos, Meg e Ravi, mas a maior parte dos instrumentos é tocado por SAB. O que há aqui de especial? Bom, fácil de cair na conversa de que é mais um disco que caímos na tentação de gostar por causa da sua história. Mas há outra coisa aqui e não está diretamente relacionada com o (re)descobrimento do new age japonês dos anos 1970 e 1980 e das influências ocidentais - ou se calhar não, foi só um stream of consciousness, e isto estava tudo alinhado, mad separado. O fascínio existe porque para lá da camada primária, tudo o que existe por detrás - as outras texturas - fazem-nos lembrar Spacemen 3 antes dos Spacemen 3. Há aqui este efeito desviante, as peças são certinhas até o deixarem de ser e é nesse momento, sobretudo na peça do lado A, "Marble", quando as coisas saem dos eixos, que nos apercebemos como "Crystallization" é maravilhoso e está para lá da categoria ou das outras reedições japonesas que vamos ouvir porque são ultrareferenciadas. Aqui há qualquer coisa de DIY, gravado em casa, num estúdio em Osaka, e uma noção perfeita - será? - de fazer música brilhante. Gostam de música ambiente, mas ainda não ouviram nada assim. É, passe o cliché, deixarmo-nos ir. É como ouvir este género de música pela primeira vez.