Willem de Ridder & the Radio Art Foundation present "Radiol"
V/A
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Artista da Fluxus (colectivo multimédia que contava com artistas como John Cage, Nam June Paik, Yoko Ono, La Monte Young, Terry Riley entre outros), Willem de Ridder mantinha um programa de rádio (o "De Radiola Imrpovisatie Salon"), cujo objectivo principal era mostrar música improvisada. Era feito um convite aos ouvintes para que enviassem cassetes com material próprio gravado - Willem de Ridder, então, reproduziria essas cassetes e daria tempo de antena a música inaudita, de forma espontânea e sem audição prévia. O que saía era o que saía, sem qualquer tipo de filtro, sem interferência do próprio. Este tipo de prática, hoje em dia, seria absolutamente impossível, traduzindo o espírito próprio da época da tape trading e do DIY numa altura onde havia poucas plataformas para disseminação de música. O que ouvimos em "Radiola" são apanhados selecionados pela holandesa Dead Mind que traduzem música rude, às vezes ambiental, às vezes pós-punk, às vezes Industrial, que vêm de um tempo onde ambições comerciais eram menos que zero e havia paixão genuína por som, por música e por criatividade cândida, sem olhar a géneros, barreiras ou impedimentos. O amor pela arte jorra por todos os cantos de "Radiola", um documento importantíssimo de um tempo que já foi mas que nunca deve deixar de ser recordado. Precisamos urgentemente de voltar a estas práticas.