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Balf Quarry

Magik Markers

Drag City

Regular price €8,00

Tax included.
Near Mint. Original 2009 release.
Há dois anos atrás dissemos que “Boss” era o melhor álbum rock do ano. Não estávamos enganados e hoje ainda mantemos essa opinião. Existe – ainda – em “Boss” uma energia acumulada de anos de rebeldia, ansiosa para entrar em canções com princípio, meio e fim. Por outras palavras, foi a catarse de anos e anos de uns Magik Markers envoltos em estruturas anti-canção e de uma postura em palco que lhes dava mitologia, enriquecia os corações daqueles que procuravam rebeldia, caos e alguma falta de sentido – depende do ponto de vista – em palco. Este último ponto ainda se mantém (mais contido, é verdade, mas ainda assim honesto, natural, forte, como pudemos constatar no Museu do Chiado há um ano) e nos últimos tempos os Markers encontraram o ponto ideal entre o seu trabalho de estúdio e as actuações ao vivo. Talvez se deva à saída da baixista Leah Quimby – porque é directamente associada à consolidação do rumo da banda – ou apenas a chegada da maturidade. Seja como for, “Balf Quarry” é o segundo disco de estúdio – se não se contar com os lançamentos em nome próprio – de Elisa Ambrogio e Pete Nolan e só não é o melhor álbum rock deste ano porque não nos queremos repetir. Mas indo por outro caminho, sem repetir fórmulas, os Magik Markers dão a volta ao seu universo e destilam imaginação por canções que tanto lembram os Sonic Youth de “Sister” como os trabalhos de Raymond Scott para crianças. Nunca se sabe o que esperar na canção seguinte, ora negro ora radiante como um estrondoso raio de luz: os Markers chegaram à maturidade e este é mais um capítulo na sua iconização futura. Mas para quê esperar quando os temos aqui e agora?